Características Gerais

     A "bullfrog", pertence à família Ranidae, gênero Rana, espécie catesbeiana e no Brasil recebe o nome vulgar de rã-touro, a partir de 1996 sofreu uma reclassificação passando a ser chamada de Lithobates catesbeianus (Frost et al., 1996), sendo um animal exótico, ou seja, introduzido em nossa fauna. Essa alcunha se deve ao som emitido pelos machos no período de reprodução, é um som característico emitido para a atração de fêmeas para o acasalamento. Quanto mais forte e "bonito" o canto, mais sucesso o macho poderá ter frente às possíveis parceiras.

     As espécies da família Ranidae se diferenciam das espécies da família Leptodactylidae (dedos terminados em ponta, nativas do Brasil e costa atlântica da América do Sul) por possuírem membranas natatórias entre os dedos (tipo pé-de-pato).

     A rã-touro foi introduzida no Brasil em 1935 por empreendedores que viram nesta espécie grandes potencialidades comerciais, sejam pelas qualidades nutricionais ou pelo sabor delicado de sua carne. Atualmente, pode-se dizer que é a única espécie com a qual se tem experiência em criatório comercial.

     Na rã-touro existe o dimorfismo sexual (diferenças morfológicas entre machos e fêmeas), o tipo de gônada presente no animal (testículo ou ovário) é a sua característica sexual primária e a secundária é aquela que indica, externamente, qual é o seu sexo. Os caracteres secundários podem variar de intensidade quando se aproxima o período reprodutivo, tornando-se mais aparentes quando a rã está apta para o acasalamento. Os machos da rã-touro possuem uma esponja ou calo nupcial no polegar, a região gular com tonalidade amarelada mais forte e um diâmetro do tímpano maior do que nas fêmeas, aproximadamente o dobro do diâmetro do olho.

     Em rãs adultas o esqueleto é ossificado; as extremidades de alguns ossos mantêm a cartilagem da fase larval (quando o esqueleto era cartilaginoso). A estrutura óssea contribui com aproximadamente 6,5% do peso vivo do animal.